O Distrito da Lagoa da Conceição tem a sua origem na criação da “Freguesia de N.S. da Conceição da Alagoa” como consta na Provisão Régia de 19 de junho de 1750, sendo indicado para paroquiá-la o Pe. Manoel Cabral de Bitancourt, do Bispado de Angra e natural da Ilha de São Jorge. Integram o Distrito as localidades de Costa da Lagoa, Praia e Parque da Calheta, Praia da Joaquina, Praia Mole, Canto da Lagoa, Retiro da Lagoa, Porto da Lagoa e a Lagoa da Conceição.
O Distrito abriga um importante património histórico e cultural, formado em torno da Igreja Nossa Senhora da Conceição, sede de Paróquia em 1998 e elevada à categoria de Santuário no ano seguinte. Ergue-se ainda em redor do Treato do Divino, a Santa Cruz, a antiga Casa do Vigário e a ladeira de pedras que dá acesso ao átrio da Igreja
A história da Festa do Divino Espírito Santo confunde-se com a visita do Imperador D. Pedro.
Acredita-se que as primeiras comemorações tenham ocorrido, logo após a visita régia, em meados do século XIX, quando a freguesia recebeu de presente dos monarcas a coroa, a salva, uma espada e o cetro de prata, símbolos do culto do Divino Espírito Santo.
O Ciclo do Divino na Lagoa inicia-se no primeiro domingo após a Páscoa com o “Peditório da Bandeira”, sendo esta levada por um grupo de devotos denominados “Irmãos do Divino ou do Santo,” integrantes da Irmandade do Divino Espírito Santo. A Bandeira percorre toda a jurisdição da Lagoa e bairros vizinhos, arrecadando ofertas para a festa e para a manutenção da Igreja. Cabe observar que, no ano de 1999, o pároco iniciou a organização de uma Irmandade do Espírito Santo com a estrutura e as características das confrarias religiosas existentes noutras localidades. Assim sendo, os “irmãos” que hoje acompanham a Bandeira peditória são membros da Irmandade recentemente instituída. Um grupo de três a cinco irmãos participa da visitação às casas. Trajam calça escura, camisa branca, opa vermelha. Um carrega a Bandeira, outro a Coroa e Salva, um outro o tambor e dois outros chamados de “Brilhadores” levam as tochas. As ofertas são depositadas dentro da coroa, o tambor anuncia a passagem da Bandeira e os “brilhadores” seguem ao lado das alfaias, como guardas de honra. Muitas vezes, um grupo de Cantoria do Divino acompanha a Bandeira, bem como pagadores de promessas que participam do périplo em agradecimento a uma graça alcançada. As promessas são pagas com doação de fitas para o mastro da Bandeira, doação de foguetes e massas confecionadas em formas variadas, sendo as mais comuns, as partes do corpo humano que, depois de abençoadas, serão leiloadas durante os dias de festa. Alguns costumes e crenças
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