Festa do Divino Espírito Santo do Campeche

País: Brasil
Região: Santa Catarina
Local: FLORIANÓPOLIS
Morada: Rua da Capela, nº 1347 - Campeche
Telefone: 55+048-3338-2317/3237-3726
E-mail: cltexpress@floripa.com.br
Festa proposta por:
Nome: Casa dos Açores Ilha de Santa Catarina - CAISC
E-mail: caisc.ilha@gmail.com

No aspeto histórico-cultural, segundo os registos da tradi­ção oral, a Igreja de São Sebastião foi construída por uma abastada família da região, muito provavelmente a de Miguel Tavares, revelando a origem luso-açoriana do Arraial de lavradores e pescadores que aí floresceu.

O Distrito do Campe­che foi criado a 12 de dezembro de 1995, desmembrado dos Distritos do Ribeirão da Ilha e da Lagoa da Conceição.

A localidade cresceu consideravelmente, atrain­do, a partir da década de setenta do século passado, um expressivo número de migrantes nacionais e imigrantes latinos.

O Campeche de hoje, ainda conserva o seu núcleo original, de ambiente simples, típico das vilas de pescadores, e é nes­te espaço secular, junto à Capela de São Sebastião, criada em 1840, que se realiza a Festa do Divino Espí­rito Santo.

A primeira fes­ta aconteceu no ano de 1954 tendo como pri­meiro Casal Imperador José Fermino e Maria Carlota Silva. A sua es­trutura organizacional, os símbolos, os rituais religiosos e profanos são semelhantes às demais festas com realiza­ção de missas, novenas, procissão do cortejo imperial, coroação do Imperador, sorteio do Casal Imperador, folguedos populares, quei­ma de fogos e o périplo da Bandeira do Divi­no.

Logo após a Páscoa, começa a visita da Ban­deira, que só volta à Capela quando termina a jornada no final de dois meses. A Bandeira per­corre toda a jurisdição do Campeche e da La­goa da Conceição, levada pelos “Irmãos do San­to”. Não existe na localidade a Irmandade do Divino Espírito Santo como confraria legalmen­te instituída, mas existe um grupo de 22 irmãos que forma uma Irmandade legitimada pelo consenso da coletividade, respon­sáveis pela “Visita do Santo”.

Toda a “Visita do Santo” é realizada por esses Irmãos e administrada pelo CAEP, atual Co­missão de Assuntos Económicos Paroquial, que organiza e administra a Festa.

O grupo que acompanha a “Visita do San­to” compreende uma pessoa que leva a Ban­deira (homem ou mulher), três irmãos traja­dos com uma opa vermelha de algodão e um tocador de tambor que anuncia a sua passa­gem. Um dos irmãos leva a coroa na salva e os outros dois levam uma tocha acesa e são chamados de “Brilhantes”.

À chegada da Bandeira, reza-se e pede-­se a bênção do Divino para aquela família. Tam­bém recolhem prendas e donativos para a festa. Muitos pa­gam promessas pendurando metros de fitas multicoloridas no seu mastro.

Uma semana antes do início da festa, é celebrada a Missa de Abertu­ra e, nas noites seguintes, será can­tada, na Capela, a novena do Espírito Santo com a participação da Cantoria do Divino. Na véspera da festa, ocorre a celebração do “envio da Bandeira em procissão iluminada por tochas, para a casa do Casal Imperador. O Casal Impera­dor e a família recebem na porta da casa a Bandeira com uma grande queima de fogos em sua homenagem. A cantoria do Divino, seguida por populares, entra no recinto, en­quanto o Imperador deposita a coroa no al­tar preparado na sala da casa e é cantada a última novena.

No sábado, ao anoitecer, sai o cortejo da Casa do Imperador, acompanhado por uma Banda musical. O cortejo é formado por oito casais de crianças da co­munidade, além do Imperador e da Impera­triz que, geralmente, são filhos ou parentes do casal Imperador. Na capela é oficiada a Missa Solene e, a seguir, a Corte Imperial é conduzida para o Império ou “treato” como é também chamada a pequena edificação situa­da ao lado da Capela. No átrio da Igreja de São Sebastião e nos barracões tem lugar a festa popular animada com espetáculos de bandas, barraquinhas de comidas, bebidas, pescaria, sorteio de prendas e bingos e leilões de “mas­sa de promessa”. A noite é encerrada com a quei­ma de fogos de artifício.

A Cantoria do Divino está presente em to­das as cerimónias coordenando e integrando, pelo canto, os ritos sagrados e profanos na rua, na casa do Imperador e na Capela.

Os atos religiosos culminam, no domingo pela manhã, com o ritual da coroação do Impera­dor no final da celebração da Missa Solene. No Império, a Corte recebe os cumprimentos dos fiéis.

O almoço festivo com uma intensa programação cultu­ral, marcada com apresentações de canto co­ral, grupos folclóricos de dança do Pau-de-­Fita, Boi-de-Mamão e de conjuntos mu­sicais, alegram o domingo.

No meio da tarde é sorteado o nome do futuro Casal Imperador que irá presidir à fes­tividade, auxiliado pelos Irmãos e membros das pastorais da Capela. Na sua investidura recebe do atual Casal Imperador a Bandeira, a Coroa e o Cetro, símbolos da tradição.

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