O Império do Divino Espírito Santo da freguesia de São Caetano, do concelho da Madalena, Ilha do Pico, ostenta na fachada a sua data de fundação, 1960. Esta irmandade celebra a festa em louvor da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade na terça-feira a seguir ao domingo de Pentecostes, à qual dão o nome de “Terça-feira do Espírito Santo”.
Algumas semanas antes da festa, são arrolados os irmãos deste império que vão ofertar as tradicionais rosquilhas. Estes poderão contribuir com um açafate de 30 rosquilhas, meio açafate ou poderão, se assim o entenderem, dar o equivalente em dinheiro que servirá para efetuar pagamentos de outras despesas a efetuar com a celebração deste culto.
Durante a semana que antecede a festa, o terço é cantado em casa do mordomo, que tem as insígnias expostas num quarto devidamente preparado e ornamentado para o efeito.
No dia da festa, a azáfama da confeção das carnes para o almoço/função começa bem cedo, facto que é anunciado através do rebentar de um foguete.
Da parte da manhã, organiza-se o cortejo com as insígnias, que são levadas por meninas ricamente vestidas e pelo próprio mordomo. A Bandeira é transportada por um casal. Estes símbolos do Espírito Santo seguem na procissão dentro de quadrados formados por varas. Integram ainda o préstito os foliões, a filarmónica e o povo. Terminada a missa solene, segue-se o rito de coroação do mordomo, efetuado pelo sacerdote, enquanto entoa o “Veni Creator Spiritus”.
Terminado este ato litúrgico, o cortejo dirige-se para o local onde vai ser servido o tradicional almoço/função, que é constituído pelas tradicionais sopas do Espírito Santo, carne assada, arroz doce, vinho de cheiro e sumos. Durante esta refeição é revelado o nome do mordomo para o ano seguinte, através do voto secreto de cada irmão.
Terminado este saboroso repasto, a festa continua, da parte da tarde, com arraial, onde há quermesse, atuação da filarmónica e os tradicionais “comes e bebes”, constituídos por favas guisadas, caranguejos, lapas, etc. Tudo isto é acompanhado pelo saboroso vinho de cheiro, facto que contribui para um salutar convívio entre todos os presentes. Ainda durante a tarde, é distribuído pão e carne pelos pobres e doentes da freguesia.
A festa termina com a distribuição das rosquilhas, uma por cada pessoa da freguesia ou por quem, não sendo de lá, se encontre, na altura, naquele lugar.