A Festa do Divino Espírito Santo é uma das mais significativas manifestações culturais de Penha, que liga os penhenses às heranças trazidas por portugueses e açorianos. A primeira edição da festa foi realizada na região em 1836, quando Penha ainda era distrito de São Francisco de Sul.
O primeiro Imperador terá sido Manoel José Anacleto Correa. A festa passa pelo período do Peditório, que se inicia logo no começo da quaresma, devido ao grande número de empregados que esperam a visita do novo Imperador em suas casas. O Imperador, a ser coroado no dia de Pentecostes, visita os seus empregados de bandeira, de vela e de vara para pedir esmolas para a realização da festa que culmina com um grande almoço realizado entre toda comunidade católica envolvida.
Antecedida por uma novena preparatória, o auge da Festa ocorre no tríduo festivo, que tem o seu início no sábado com a Missa da Vigília de Pentecostes, no final da missa acontece a bênção das bandeiras e segue a procissão para Casa do Império com as Insígnias do Divino Espírito Santo que consta: da Coroa, da Salva e do Cetro.
No Domingo de Pentecostes, de manhã, a procissão sai da Casa da Coroa para a Igreja onde ocorrerá a coroação do Imperador da Festa. Todas as procissões são ladeadas pelos Empregados de Bandeira e de Vela, além dos de Vara que guardam a Família Imperial.
Os foliões também são personagens importantes da festa: são como chefes de cerimónia que acompanham todo o processo desde as visitas no peditório até às procissões e missas solenes.
Antes da Missa de Pentecostes, é feita a coroação do novo Imperador da Festa, após a qual é servido um almoço entre todos empregados e familiares.
A tarde, uma outra procissão, a do “Encontro das Famílias”, marca o rito da festa: o Imperador, juntamente com a sua família, sai da igreja e a e Imperatriz, com a sua, sai da Casa do Império e encontram-se diante a Prefeitura Municipal e dali seguem em direção à igreja, onde uma nova missa será celebrada e, depois da qual, ocorre o sorteio do novo Imperador para a festa do próximo ano. Duas urnas de vidro, uma com o nome de doze candidatos e outra com doze papéis, sendo que somente um contém a palavra Imperador. A cada nome sorteado, retira-se da outra urna um papel que, se tiver escrita a palavra Imperador, este será o eleito.
A festa termina na segunda-feira da Oitava de Pentecoste, com procissão e missa, hoje em dia seguidas de almoço.